Bom dia!
Quem nunca ouviu a expressão: "o que faço ou deixo de fazer é da minha conta!"? Uma grande verdade, mas é preciso também aprender a responder às conseqüências deste "fazer" ou "não fazer".
Todo cristão, eventualmente, precisa buscar o ouvido de um sacerdote para se confessar, ouvir um conselho e em seguida receber o perdão. Sim recebemos o perdão quando iniciamos o trajeto que culminará com a confissão. O arrependimento é a semente da liberdade, no entanto, depois de perdoados poucas vezes pensamos nas conseqüências dos nossos atos. Explico:
Alguém que cometeu uma falta grave, arrependido recebe o perdão, mas poucas vezes vai atrás para corrigir o erro que fez. Arrependo-me de ter xingado, caluniado, difamado alguém, mas não meço esforços para desfazer a imagem que plantei. Desvio dinheiro, sonego meus impostos, vivo a injustiça e depois do arrependimento não consegue voltar e restituir aqueles que sofreram como meus atos…
"(…) Jesus dizia-lhes: 'Considerai bem o que ouvis! A medida que usardes para os outros, servirá também para vós, e vos será acrescentado ainda mais. A quem tem, será dado; e a quem não tem, será tirado até o que tem'". (Marcos 4, 24-25)
Por que não volto? Somos TODOS assim! O que será que nos impede de reconstruir o que ajudamos a demolir? Pagar MICO? Imaginar como sairei da situação? Gostaríamos que fizessem o mesmo aquele que me ofendeu?
Ensinam-nos desde muito pequenos que chorar é coisa de "gente fraca", que pedir desculpas ou reconhecer nossos erros é demonstração de medo ou fraqueza; revela-nos então o quanto estamos presos o modelo de Darwin do MAIS ADAPTADO SOBREVIVERÁ.
Será que esse é o modelo que nos fará crescer como cristãos?
"(…) A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos. Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos". (Padre Fábio de Melo)
O mais adaptado no modelo CRISTÃO é aquele que consegue alcançar a porta. Sim! O modelo é norteado apenas para se alcançá-la, pois a nossa entrada, ou não, cabe a Deus e a seu fino e justo julgamento. Essa idéia é baseada em SE VALORIZAR O CAMINHO e não apenas o ponto final. Ai esta o grande dilema daqueles que procuram as boas obras pensando na salvação.
As boas ações e obras de caridade, bem como a oração, são DICAS para se encontrar o caminho, mas trilhar o caminho é que nos santifica. Essa mesma comparação serve para nós quando pedimos perdão pelos grandes males que provocamos por nossas ações e omissões do dia-a-dia."(…) há muitas pessoas que andam por esse caminho. A porta estreita e o caminho difícil levam para a vida, e poucas pessoas encontram esse caminho"
São Paulo entendeu muito rapidamente esse modelo cristão:
"(…) O meu grande desejo e a minha esperança são de nunca falhar no meu dever, para que, sempre e agora ainda mais, eu tenha muita coragem. E assim, em tudo o que eu disser e fizer, tanto na vida como na morte, eu poderei levar outros a reconhecerem a grandeza, POIS PARA MIM VIVER É CRISTO, E MORRER É LUCRO. , MAS SE EU CONTINUAR VIVENDO, PODEREI AINDA FAZER ALGUM TRABALHO ÚTIL. Então não sei o que devo escolher. Estou cercado pelos dois lados, pois quero muito deixar esta vida e estar com Cristo, o que é bem melhor. PORÉM, POR CAUSA DE VOCÊS, É MUITO MAIS NECESSÁRIO QUE EU CONTINUE A VIVER. E, como estou certo disso, sei que continuarei vivendo e FICAREI COM TODOS VOCÊS PARA AJUDÁ-LOS A PROGREDIREM E A TEREM A ALEGRIA QUE VEM DA FÉ". (Filipenses 1, 20-25)
Que modelo eu seguirei?
Um imenso abraço fraterno!
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