Morrer para o pecado - Sal

10 de agosto

Evangelho - Jo 12,24-26

“Se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo;
mas se morre, então produz muito fruto.”

Prezados irmãos. Jesus falou muito por enigmas e parábolas, mas nestas palavras do Evangelho de hoje Ele foi bem claro. Nós que somos os escolhidos para evangelizar, temos que morrer para o pecado para então podermos executar com relativa perfeição o nosso trabalho. Na comparação feita por Jesus, usando palavras tiradas da experiência da vida dos seus ouvintes, Ele diz que se o grão de trigo não morrer, ele não brotará. A mesma coisa é o catequista, o sacerdote, etc. Se ele não morrer para os seus instintos, para as tentações, para os prazeres extravagantes da vida, ele não renascerá para a vida da graça, ele não fará um bom e santo trabalho.

Quando frisamos aqui, prazeres extravagantes, é para não usar simplesmente a palavra prazer de forma generalizada. Isto porque, alguém já nos questionou, perguntando se ele não podia ter o prazer de tomar um banho de piscina num dia de verão, de tomar uma cerveja na festa do Natal com sua família, de saborear um delicioso sorvete... É claro que pode, meu caro! Os prazeres extravagantes que estamos nos referindo aqui, são os desregramentos sexuais de toda natureza, os prazeres da mesa, ou seja comer demasiado, beber até cair freqüentemente, por que se você na festa do Ano Novo exagerou um pouquinho e caiu no sono, não fez nada de mal ao seu semelhante. Só estava se alegrando com a família, e foi só uma vez ao ano.

Jesus nos fala da morte ao pecado da vaidade, do apego exagerado aos bem materiais, e até mesmo aos nossos familiares em detrimento do serviço do Reino de Deus. Morrer para o pecado é negar a si mesmo, dar preferência a evangelização a qual pode ser feita não só pela palavra, mais também pelo exemplo.

Jesus nos adverte hoje dizendo que “Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna.”

É muito freqüente encontrarmos pessoas que ao serem convidadas para trabalhar na catequese, ou em outra pastoral da paróquia, respondem que não têm nenhum tempo para isso. Ora, ter tempo é uma questão de preferência. Certa vez convidei uma jovem para se iniciar na Pastoral da Catequese para que pegasse prática, ela respondeu que gostaria muito, mas que não tinha tempo. Perguntei-lhe como ela conseguia tempo para o namorado. Ficou embaraçada... Então mostrei para ela que nós preferimos certas coisas e para as tais sempre arrumamos tempo.

Caríssimos. Precisamos encontrar tempo para as coisas de Deus, enquanto é tempo. Cuidado! Não enterre os seus talentos pois Jesus vai lhe cobrar um dia!

Sal.

Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou
estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará". (Jesus)