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9 de jun. de 2011

- Não tenha medo da morte – Sal e Regina

Ano A - Dia: 22/07/2011


"Eu vi o Senhor"

Jo 20,1-2.11-18

            Os amigos de Jesus ficaram muitos tristes com a sua morte, e alguns até custaram a acreditar em sua ressurreição.  O fenômeno da morte envolve muito medo e tristeza. Quanto mais  os anos avançam, sabemos que está próximo o momento de irmos embora.  E é aí que a tristeza e a depressão toma conta do nosso pensamento dominante, e esse sofrimento é agravado porque nos tornamos fardos para aqueles que estão muito ocupados em cuidar das suas vidas, desfrutando a sua juventude da melhor maneira possível  e não têm tempo a perder conosco, que já deveríamos ter ido desta vida. E ao sentir que estamos atrapalhando os jovens, e que eles se esqueceram de tudo o que lhes fizemos, ficamos muito magoados com essa ingratidão, e é por isso e por outros motivos semelhantes, que você não vê um idoso feliz e sorridente.   Confira isso no texto da psicóloga Maria Regina.

 

QUANDO  A  MORTE  ESTÁ  PRÓXIMA

 

Às vezes, fico pensando nas pessoas que chegam ao entardecer da vida e se sentem completamente abandonadas, desvalorizadas, desconsideradas e, não raras vezes, um "peso" para os demais. É muito triste trabalhar uma vida inteira plantando sonhos e ter que colher desilusões e desrespeito. Fico pensando naqueles que estão na solidão, aqueles que se consideram fracassados, todos os que perderam o ânimo e já não têm mais vontade de viver pois lhes falta a esperança. Tem muita gente nessa situação. Gente que amou demais, sofreu demais e viveu em função de terceiras pessoas que, hoje, já não lhes reconhecem o esforço e a dedicação somente porque enfraqueceram, e já não têm o mesmo vigor de antes.

 

Vivemos num mundo de oportunistas. Muitos buscam somente sua satisfação pessoal e esquecem de considerar as pessoas que estão ao seu redor. Vivem como se o mundo existisse somente para satisfazê-los em seus caprichos e não tivessem que dar nada em troca disso. Facilmente esquecem quem os gerou, quem os criou, quem os amparou em momentos difíceis, quem estendeu a mão na necessidade, quem matou sua fome e curou suas feridas, quem dedicou de si mesmo para que sua vida pudesse ser um pouco melhor e mais confortável. É; a ingratidão machuca. Dói no peito de quem empenhou todo o seu suor para ver crescer um sonho, um pequeno fruto de seu amor.

 

Talvez, perder a memória seja uma boa alternativa para lidar com as desilusões. A esclerose acaba servindo para imprimir mais colorido ao nosso dia a dia, fazendo-nos reviver momentos felizes, onde havia mais vida e calor ao nosso redor. Afinal, nós precisamos sonhar. Precisamos de força para continuar lutando, ainda que muitos tenham nos virado a cara nesse momento tão difícil de nossa existência, quando já não podemos contar com nossas próprias forças.

 

Olha, eu não quero que você fique triste. Não quero que abaixe a cabeça nem se envergonhe desse momento pelo qual está passando. É natural que se sinta fraco e impossibilitado de realizar grandes coisas. Você já fez muito e isso deve bastar, por enquanto. Este é o seu tempo de reflexão. É o seu tempo de avaliar que a existência passa por fases e você está vivenciando mais uma delas. Em breve uma grande transformação ocorrerá e, talvez, você já não esteja mais entre nós. Não tenha medo. Tudo nesta vida segue seu curso. Prepare-se com serenidade para mais um momento especial e só seu. Se a calma invadir seu coração, talvez se sinta abraçado e beijado como nunca havia sido antes. O nosso maior reconhecimento vem de nós mesmos. Sinta-se feliz com tudo o que você realizou. Sinta-se bem, sinta-se tranqüilo.

 

Perdoe velhas mágoas, pois elas somente servem para tornar seu peito mais pesado. Desobrigue-se de ser sério. Você não precisa mais ser sério. Pode voltar a ser criança. Fazer o que lhe der na cabeça. Você está caminhando rumo à sua total liberdade. Daqui a pouco nada mais vai lhe oprimir. Não haverá cobranças, nem banho frio. Não haverá comida requentada, nem cara feia. Não haverá mais abandono, pois tudo à sua volta tornar-se-á luminoso. Tenha fé e enfrente esses momentos com coragem. Todos têm medo e isso é natural, mas todos os que chegam até onde você chegou terão que passar por isso também. Creia que existe alguém especial que ama muito você. Alguém que lhe deu uma passagem de vinda para este mundo e que, agora, no fim da jornada, lhe confere a passagem de volta. Alguém que já está com saudades de você e não vê a hora de poder lhe abraçar. Você não está só. Apenas creia nisso e descanse nessa certeza. Você verá como tudo vai correr muito bem.

Maria Regina Canhos Vicentin

psicóloga e bacharel em Direito, pós-graduada em Educação

 

 

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