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9 de jul. de 2010

Não tenhais medo daqueles que matam o corpo.-Fr. Denis Francisco R. Oliveira

Evangelho - Mt 10,24-33



Mateus continua o discurso apostólico de Jesus aos seus discípulos. Ontem, vimos a primeira parte desse seu discurso. Hoje, Jesus aponta para muitas observações, como: o discípulo não está acima de seu mestre, o missionário não deve ter medo dos opositores, pregar a palavra com êxito, tudo pelo consentimento do Pai do céu e declarar Jesus perante aos homens. Sendo assim, o Evangelho está dividido em cinco momentos.

“O discípulo não está acima de seu mestre”(v24). Essa frase também a encontramos em Lucas 6, 40 e João 13, 16. Cada qual apresenta um contexto em que o discípulo e o servo não estão acima de seus senhores, mas estão todos numa mesma condição, ou seja, são iguais perante a um único Senhor: o Pai do céu.

Os versículos 26 a 31 correspondem a uma linguagem simples e compreensiva que Jesus usa para explicar aos discípulos a condição do discipulado, isto é, a postura de um missionário. Aqui, Jesus ainda não terminou sua missão terrestre, no entanto, ele está ensinando e orientando os discípulos que após cumprir sua missão de Redentor, eles devem proclamá-lo às nações, sem nenhum medo.

“Portanto, todo aquele que se declarar a meu favor diante dos homens, também eu me declararei em favor dele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus”(Vs32-33). Muitas pessoas interpretam mal esse versículo, justamente por causa da leitura ao pé da letra, sugando apenas informações interesseiras. Na verdade, essa fala é propriamente dita aos discípulos que estão se preparando para missão. Eles ainda não estão em missão. Os versículos revelam o dia do juízo final, quando o filho entregar os eleitos ao Pai (Mt 25, 31-46).

Seria muito bom, caso você deseja entender mais sobre esses versículos, ler a passagem que acabei de mencionar. Ela esclarece o último julgamento. Não é recomendável apenas ter a visão do último julgamento proposto por João no Apocalipse, outros livros, como Mateus, tratam de uma maneira muito catequética e bem detalhada.

Oração da vida

Um católico e um ateu estão no restaurante, assentados numa mesma mesa. A conversa passou da comida para o tempo, e parou no terreno da religião. Em parte por zombaria e em parte por interesse, o ateu afirmou categoricamente: Eu não acredito numa religião que só tem mistérios. Se Deus existe e se é tão bom, como iria deixar seus filhos embatucados diante de charadas e enigmas? Eu só aceito aquilo que compreendo e entendo!

O católico apertou: Temos ovos fritos no prato. O senhor sabe fazer uma fritada? Ele respondeu: Mais ou menos. Já vi minha esposa fritar ou cozinhar o ovo. Coloca a banha na frigideira. Pouco a pouco ele vai endurecendo.

O católico diz: Agora explique-me. Como está a banha antes de se colocar na frigideira? Respondeu o ateu: Uai, está dura. Depois derrete com o fogo. O católico: E o ovo? Está mole. Depois endurece com o fogo, não é? Agora note bem: O mesmo fogo amolece a banha e endurece o ovo. O senhor entende isso?

O ateu sorriu desconfiado: Não entendo. O católico continuou, em tom de brincadeira: Você não entende nem de cozinha, e quer entender de religião?

Estamos vendo uma série de bate papo na média a respeito de esporte e religião. O assunto é tão sério e concreto que às vezes se torna até chato de se comentar. Quantas piadas sarcásticas por ai, heim? Um jogador que não nega sua fé à mídia. Um ateu que indaga o abuso da fé, por parte dos jogadores, no esporte. Quem deles está certo ou errado? Antes de muitas fofocas, sem ter conhecimento da realidade e da verdade, devemos de fato averiguar os interesses de cada qual. O mundo de hoje prega os interesses pessoais. É evidente que somos pessoas interesseiras.

O mais triste é que poucos discutem sobre a situação dos pobres irmãos nordestinos, arrasados pela chuva. Mas, se tivesse lá algum parente de jogador da seleção na copa, algo assim que interessa os meios de comunicação, pode ter certeza que o assunto sobre lá estaria mais aberto no Brasil. Porém, a grande rede de televisão brasileira, a Globo, até que tem favorecido ajuda a eles, pois, nos locais onde ela transmite jogos da seleção brasileira, recolhe alimentos. Mas, precisamos ir além...Muitos não tem casas para morar.

Numa rede online de bate-papo, o assunto era sobre o caso de fé e esporte; eu tentei puxar o assunto para a situação do nordeste acerca das fortes chuvas e a conseqüência dos milhares desabrigados, poucos corresponderam. Percebi, no entanto, que muitos estavam focados apenas na copa, e nem sabiam da situação no nordeste. Que Maria, nossa mãe, nos ajuda na missão de compreender mais a realidade. Amém.

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