Reflexão do evangelho para a sexta-feira da 2ª semana da Quaresma:
Textos: Gênesis 37, 3-4.12-13a.17b-28; Salmo 104; Ev.: Mateus 21, 33-43.45-46.
Caros irmãos e irmãs: o que há de comum entre o evangelho de Mateus e a história de José do Egito? A Igreja procura manter a linha de continuidade entre os dois testamentos. Assim que costumamos ler o 1º para fazer uma moldura para o segundo. Por isso os biblistas católicos dizem que a 1ª litura faz o tipo para a segunda. Portanto os irmãos invejosos de José que o venderam para os ismaelitas prefigurariam a história de Jesus, também Ele “vendido” por Judas para as lideranças de Jerusalém. O evangelista s. Mateus mesmo afirma que foi por inveja que os judeus entregaram Jesus aos romanos para a execução, já que a lei deles proibia de fazer isso (cf. 27, 18). Por isso São Mateus conta essa parábola dos vinhateiros para “refrescar” a memória dos “chefes”. Diria que Jesus cutucou o diabo com a vara curta: não é que a “chefatura” toda ficou ouriçada? Naquela ocasião já queriam prendê-lo, mas se acovardaram por medo da multidão que considerava Jesus um profeta. Jesus, porém, não se deixa intimidar por eles e lhes diz:
“Vós nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular; isto foi feito pelo Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos?” Por isso eu vos digo: O Reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzirá frutos”.
Ora, a inveja é denunciada nas escrituras sempre como pecado, como inimiga do amor; vejamos são Paulo aos coríntios (1 carta, 13, 4): o amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor.
- Que a penitência quaresmal nos liberte da inveja (esse pecado que leva à morte!) e de todo mau sentimento! – Louvado seja N. S. Jesus Cristo! [Pe. Celso Nilo Luchi, CR].
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