20 de abril – Sexta-feira
Jo 6,1-15
Bom dia!
Fechando assim todo esse pensamento que iniciou na segunda-feira sobre as consequências do nosso livre arbítrio na comunidade chegamos a diversas reflexões:
Fechar-se somente no grupo ou na sua pastoral precisa ser revisto. A identidade cristã esta também em buscar quem se perdeu ou se afastou. Não posso ficar a esperar que nos procurem;
A salvação não esta condicionada a aquela ou esta pastoral ou movimento da igreja. Ela esta condicionada ao entendimento do que é mais importante para Deus e no seu projeto salvítico;
Todo trabalho pastoral precisa de pessoas empolgadas e bem resolvidas. As comunidades precisam de operários e de lideranças que formem novas lideranças. Irmãos que ainda não olham a seu redor, ainda não têm maturidade para liderar, pois convém que Cristo cresça e que eu desapareça;
Nossa preguiça e nossa irresponsabilidade social nos privam de assumir o chamado individual que Deus nos faz de sermos semeadores da mensagem a toda criatura.
E o evangelho de hoje? Como ele finaliza esse pensamento?
Preciso notar que Jesus usa o que tem em mãos, os que estão ao seu redor. Em meio às dúvidas e questionamentos de Felipe, Jesus torna o pouco de um pequeno garoto em muito para atender a muitos.
Esperamos de Deus que surjam em nossas comunidades músicos habilidosos para assumir as missas e grupos, deixamos assim de ver o pouco mais fiel que cresce e vive em nosso redor. Jesus não mandou ninguém comprar nada, pois ali mesmo tinha alguém que podia ajudar com que possuía. Reclamamos (e como reclamamos) da falta de pessoas para proclamarem as leituras nas missas, que são sempre as mesmas, e blá, blá, blá, (…), mas não vamos atrás da pastoral da catequese, da crisma, onde existem muitos que esperam uma pequena oportunidade…
Jesus promove pequenas habilidades e singelos dons em grandes ministérios de serviço. Deus chama, mas por vezes não damos a devida oportunidade e crédito aos escolhidos.
"(…) O Senhor chamou Samuel, o qual respondeu: Eis-me aqui. Samuel correu para junto de Heli e disse: Eis-me aqui: chamaste-me. Não te chamei, meu filho, torna a deitar-te. Ele foi e deitou-se. O Senhor chamou de novo Samuel. Este levantou-se e veio dizer a Heli: Eis-me aqui, tu me chamaste. Eu não te chamei, meu filho, torna a deitar-te. Samuel ainda não conhecia o Senhor; a palavra do Senhor não lhe tinha sido ainda manifestada. Pela terceira vez o Senhor chamou Samuel, que se levantou e foi ter com Heli: Eis-me aqui, tu me chamaste. Compreendeu então Heli que era o Senhor quem chamava o menino. Vai e torna a deitar-te, disse-lhe ele, e se ouvires que te chamam de novo, responde: Falai, Senhor; vosso servo escuta! Voltou Samuel e deitou-se. Veio o Senhor pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! Falai, respondeu o menino; vosso servo escuta". (I Samuel 3, 4-10)
E quanto a nós? Aonde entra o nosso livre arbítrio, nossa vontade? Esta muitas vezes agarrado ao orgulho.
Se é mentira, por que não chamamos as pessoas? Por que não convidamos? Por que nos fechamos, fazemos "panelinhas" em nossos grupos e pastorais? Por que não convencemos como antes? Por que segregamos?
O começo pode ser difícil, mas por que não arriscar? Por que não mudar? Escolhemos demais com os nossos critérios. As pessoas têm necessidades de Deus que nosso orgulho não nos deixa ver e uma dessas necessidades é a de servir, ser útil. O serviço pastoral precisa de gente empolgada e Deus não cansa de trazê-los para Ele e nós afugentá-los.
Por fim deixo a reflexão proposta pela CNBB
"(…) O capítulo sexto do evangelho de São João é reservado para o discurso sobre o sacramento da Eucaristia, e Jesus, no uso da sua pedagogia, prepara os judeus para esse discurso através da multiplicação dos pães. A prática pedagógica de Jesus deve ser o grande iluminativo PARA A NOSSA PRÁTICA MISSIONÁRIA, PASTORAL E EVANGELIZADORA. NÓS DEVEMOS ANUNCIAR O EVANGELHO A PARTIR DA REALIDADE DAS PESSOAS, DE SUAS EXPERIÊNCIAS DE VIDA, DOS SEUS VALORES E DAS SUAS EXPECTATIVAS. Antes de anunciar a palavra de deus, precisamos criar a necessidade dela no coração das pessoas como Jesus, que a partir da necessidade do pão, cria a necessidade do pão da vida eterna".
Um imenso abraço fraterno
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