Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao
terceiro dia.
Este Evangelho narra a aparição de Jesus aos onze Apóstolos, após a
ressurreição. Jesus procura fortalecer a fé deles, mostrando-lhes suas mãos e
pés com as chagas, e comendo com eles.
Apesar das evidências, os discípulos ainda relutavam em acreditar, devido
ao forte impacto que lhes causou a morte e o sepultamento de Jesus. Só pode ser
um fantasma, isto é, um tipo de alucinação coletiva, pensaram.
“Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as
Escrituras, e lhes disse: Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará
dos mortos ao terceiro dia.” Esta prova das Escrituras está ao alcance de todos
nós, pois quando lemos corretamente a Bíblia, o Espírito Santo abre a nossa
inteligência para a entendermos corretamente.
E Jesus pede que “no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão
dos pecados a todas as nações... Vós sereis testemunhas de tudo isso”. Os
discípulos atenderam bem a esse pedido, como vemos, na primeira Leitura da
Missa, Pedro falando em nome de todos os discípulos: “Vós matastes o autor da
vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos, e disso nós somos testemunhas” (At
3,15). Na segunda Leitura (1Jo 2,1-5a), S. João nos convida a renunciar ao
pecado.
A recomendação de Jesus, de anunciar o seu nome a todas as nações, vale
também para nós que “cremos sem ter visto”. Pela fé, somos testemunhas de que
Jesus está vivo, e levamos essa verdade a todas as pessoas. A Comunidade
cristã, através da sua alegria, união e vitalidade, é a principal testemunha de
que Cristo está vivo e presente nela. É um testemunho que ela dá pela sua
própria vida.
Recebemos essa fé dos nossos pais e da nossa Comunidade; e nós a levamos
para frente, através da nossa dedicação à Comunidade e do nosso testemunho no
meio em que vivemos. “Vós sereis testemunhas de tudo isso”.
E se estivermos fraquejando na fé, Jesus terá outros meios de aparecer
no nosso meio e nos encorajar novamente. Ele costuma usar para isso os seus
próprios discípulos que, capacitados pelo Espírito Santo, têm o dom de
fortalecer a fé dos irmãos.
Jesus aproveitou ao máximo os seus dias na terra. Ele não ficava
esperando as pessoas, mas ia atrás delas. Anunciava a Boa Nova nas praças, nas
sinagogas, na beira dos rios, nas estradas... em qualquer lugar.
Houve, certa vez, um incêndio numa floresta. Um beija-flor ia até o
córrego, enchia o biquinho de água, vinha voando bem alto e jogava em cima do
fogo para apagá-lo. Um elefante viu a e zombou do beija-flor: “Você acha que,
com esse pouquinho de água, vai apagar este incêndio?” “Eu estou fazendo a
minha parte” – respondeu o beija-flor – “Se cada um aqui fizer também a sua
parte, tenho certeza que apagaremos este incêndio”.
Diante dos grandes problemas do mundo, as pessoas costumam ter três
atitudes: 1ª) A acomodação: eu não dou conta mesmo, por isso não faço nada.
Esta foi a atitude do elefante que, com a sua enorme tromba, poderia jogar
muita água no incêndio. 2ª) A revolta: a pessoa fica triste e desiludida diante
dos problemas que são maiores do que a sua capacidade de resolvê-los. 3ª) Dar o
primeiro passo, por pequeno que seja, na esperança de que Deus entrará no meio,
abençoará e maravilhas acontecerão. Esta foi a atitude do beija-flor. Não nos
esqueçamos dos cinco pãezinhos que o Apóstolo apresentou a Jesus, para
alimentar cinco mil pessoas.
Que Maria Santíssima nos ajude a ser “discípulos e missionários do seu
Filho, para que nossos povos tenham mais vida nele”.
Assim está escrito: O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao
terceiro dia.
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