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6 de abr. de 2012

QUINTA FEIRA SANTA - Pe. Françoá



Homilia do Pe. Françoá Costa – Quinta-feira Santa – Ano B

Também eu servirei como Deus quer!
Ao ver o exemplo do nosso Mestre Jesus, sentimo-nos encorajados a colocar mãos à obra, a trabalhar pelo seu reino servindo os nossos irmãos. Para isso é importante deixar de lado o egoísmo que tantas vezes nos impede de realizar o bem que gostaríamos de fazer.
É possível que você tenha conhecido uma dessas pessoas que encontram verdadeiro prazer em prestar pequenos serviços e ajudar os outros. Como nos sentimos edificados diante de tais pessoas, parece que vemos nelas o ideal para a nossa vida. Mas, ai… grita o egoísmo que há em nós que é melhor não complicarmos a vida! Mas, ao contrário, uma atitude autêntica de serviço, de altruísmo e de caridade cristã só é possível quando nos decidimos a complicar a própria vida por amor a Deus e aos nossos semelhantes. Olhem só: Jesus sendo Deus verdadeiro e homem verdadeiro se põe a lavar os pés dos seus.
O Tríduo Sacro, que começa com a Missa vespertina na Ceia do Senhor e vai até o Sábado Santo, é o tempo do amor que nos convida a um serviço que vai até ao extremo da cruz. Na quinta-feira santa Jesus antecipa o dom da sua vida no Sacramento da Eucaristia; na sexta-feira santa, o Senhor realiza na cruz o sacrifício redentor pela humanidade; no sábado santo, entramos nas entranhas da salvação que se está realizando. De repente, em meio ao silêncio mais profundo, quando tudo parecia perdido, Cristo aparece ressuscitado e glorioso.
A Eucaristia é o sacramento que sintetiza e resume todos os mistérios da vida de Jesus Cristo, máxime o seu Mistério Pascal (Paixão, Morte e Glorificação). Este sacramento permanece para que nós possamos entrar em contato com quem realmente nos salvou com seu poder e com suas obras poderosas: Jesus.
Postos a contemplar o Cristo que se oferece para a nossa redenção e ressuscita para a nossa salvação, a nossa vida só pode expressar-se autenticamente como serviço a Deus e, por amor a Deus, a todas as pessoas, especialmente aos irmãos na fé.
Às vezes preocupa-me o fato de que hoje em dia estamos muito tolerantes com as pessoas de outras religiões e não conseguimos compreender com carinho aqueles que são nossos irmãos na fé católica. Poderia dar-se o caso de fazer compatível a muita tolerância para com os outros que ainda não são da nossa família e as críticas brutais contra aqueles partilham o mesmo sangue que nós, o sangue de Jesus, que nos reconciliou com o bom Deus. Isso seria ridículo! Curiosamente, há pessoas que são assim: os de fora pensam que são como anjos, mas os que com ele convivem sabem muito bem que se trata de uma pessoa insuportável com os da própria casa; talvez até consiga converter alguns de fora, mas na família não pode fazer nada porque as suas obras desdizem continuamente as suas doutrinas.
O nosso serviço tende a redundar em abundantes bens à sociedade. No fundo se trata de que nós, com o nosso amor a Deus e a nossa luta pessoal, dominemos o mundo. Como? Dominar o mundo? Exatamente. Temos que dominar dois mundos: o microcosmos que somos cada um de nós e o macrocosmos que nos circunda.
Quem se preocupa em servir os outros acaba dominando o próprio mundo interior que, por vezes, parece uma espécie de caixa de Pandora. Você conhece essa lenda da mitologia grega? Conta-se que Júpiter presenteou Epimeteu com uma mulher chamada Pandora. Epimeteu tinha consigo uma caixa que conservava sempre fechada porque ela continha os diversos males que poderiam ser espalhadas pelo mundo. Pandora ficou muito curiosa para saber o que tinha na caixa e, um belo dia, abriu-a e, para a sua surpresa, foram soltos todos os males. Quando ela conseguiu fechar novamente a caixa, somente a esperança permaneceu lá. A esperança não era um mal, mas a porta aberta para superar todos os males: apesar dos diversos males que há no mundo, sempre podemos ter esperança! Temos que dominar essa nossa caixa de Pandora, isto é, os diversos males que se instalaram no nosso coração. Consegui-lo-emos com a graça de Deus e com a luta pessoal diária e generosa para conquistarmos os terrenos que nos foram tomados pelo pecado.
O outro mundo que nós devemos dominar é o macrocosmo que nos rodeia. Fá-lo-emos ao servir a sociedade com o nosso trabalho profissional. É muito necessário trabalhar com sentido cristão: com liberdade e responsabilidade, oferecendo a Deus o nosso trabalho e fazendo do nosso ambiente laboral um serviço à evangelização. Com o prestígio profissional, que devemos conseguir cada vez mais, e com o desejo de servir a todos, chegaremos a ocupar os primeiros postos na sociedade. Isso não é questão de orgulho, mas de missão: se nós não ocuparmos os primeiros postos, outros ocuparão. Nós temos que ocupá-los porque temos a preocupação pelo bem comum da sociedade temporal e, além do mais, a salvação eterna das pessoas nos preocupa. Queremos o bem de todos os nossos semelhantes e lutaremos para que sejam felizes. Vamos servir a todos e, por amor a Deus, conduzi-los à felicidade eterna.
Pe. Françoá Costa

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