09 de maio quarta feira-
Evangelho João 15, 1-8
Esse evangelho onde Jesus usa da parábola da videira, provoca em nós dois olhares diferentes, primeiro um olhar para nós, em torno da nossa Fé como um ato pessoal, e como é que essa nossa Fé é alimentada porque, como um dos ramos da videira, se não for alimentada ela poderá secar. O Documento 94 das DGAE coloca como ponto “fundante” e essencial o próprio Jesus Cristo, se Ele não for o nosso ponto de partida, estamos caminhando do ZERO para lugar nenhum....A oração, os sacramentos, a Palavra e a Eucaristia nos alimentam de maneira eficiente e a nossa paróquia têm tudo isso, á nossa disposição, através das pastorais e dos Ministros Sagrados.
E aqui está o nosso segundo olhar, exatamente naquilo que somos e fomos constituídos pelo Batismo : Filhos e Filhas de Deus, membros da Igreja e irmãos e irmãs no Senhor! Aqui a parábola da Videira nos dá uma "sacudida" violenta, lembrando-nos que somos ramos, ligados entre si, alimentados pela mesma Graça Vivificante, e que só frutificamos se assim permanecermos. Talvez uma frase pudesse resumir esse ensinamento de João, sendo isso que ele queria dizer as suas comunidades: Longe dos irmãos e irmãs da comunidade, corremos o sério risco de secar.....
A reflexão se aprofunda ainda mais quando pensamos nessa ligação que se chama na verdade comunhão, com os demais ramos. Note-se que em uma árvore, não dá para um ramo cortado manter as aparências e fazer de conta que está ligado aos demais, porque com o passar dos dias vai perder a vivacidade e o verde das folhas e começará o processo de morte daquele ramo. Nossas relações com os irmãos e irmãs deve ser coesa, transparente, sincera, embasada unicamente no amor que respeita, admira, acolhe, tolera, suporta e tem misericórdia. Nenhum ramo pode estar ligado apenas ao tronco, ficando indiferente aos demais ramos.
E nenhum ramo pode querer ocupar na vida do outro ramo, o papel de tronco, somos todos ramos, iguais, formando uma única árvore, alimentados por uma única seiva que é Jesus Cristo, quanto aos frutos e flores que precisamos produzir, quanto mais abertos á seiva e unidos aos demais ramos, mais belos e saborosos eles serão.
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