Sábado,07 de abril
Mc 16,1-7
Jesus de Nazaré, que foi crucificado, ressuscitou.
Hoje, sábado santo, relembramos durante o dia a sepultura do Senhor, e à noite celebramos a grande Vigília Pascal da ressurreição gloriosa do Senhor, que constitui o ponto mais alto de todo o ano litúrgico. A liturgia do sábado santo é marcada pelo sacramento do batismo, pois durante os primeiros séculos era nesta celebração que os cristãos eram batizados, sendo a quaresma o tempo de preparação.
A liturgia consta de várias partes: A bênção do fogo novo, a procissão com o círio pascal, a proclamação da Páscoa, a liturgia da Palavra, a ladainha do todos os santos, a renovação das promessas do batismo, com batizados se houver, e a oração eucarística.
A Páscoa é a grande festa cristã. Tanto é assim que o mistério pascal é o que celebramos todos os domingos, na Santa Missa, e também na Missa diária. O círio pascal representa Cristo e expressa alegremente a nossa fé na libertação do homem, envelhecido pelo mal. A Páscoa é a festa da vida, o triunfo da causa de Cristo. Nós já temos a vitória na mão, é só consolidá-la.
Cristo ressuscitado é o novo Adão que restitui ao homem a imagem de Deus desfigurada pelo pecado, trazendo-lhe esperança, alegria, liberdade e solidariedade. A luz venceu as trevas, a vida venceu definitivamente a morte.
Mas a Carta de S. Paulo aos Romanos nos lembra que tudo isso tem um preço: a nossa incorporação, pelo batismo, a Cristo morto e ressuscitado nos compromete a também morrermos para o homem velho do pecado e ressuscitarmos para uma vida nova. Isso exige de nós uma conversão total: de pensamentos, palavras e atitudes. O nosso desafio é nos identificarmos cada vez mais com Cristo.
Continuar este testemunho apostólico da ressurreição de Cristo é o encargo da Igreja e dos cristãos de todos os tempos. Não podemos procurar entre os mortos o que vive. E mais: a ressurreição de Cristo não se limita a ele só, pois de fato ele inaugurou uma nova era e um mundo novo, em que não é a morte que tem a última palavra, mas a vida sem fronteiras para todo o homem e a mulher que acredita em Jesus ressuscitado e vive segundo essa fé.
Quando anunciamos que Cristo ressuscitou estamos dizendo não apenas que o seu túmulo ficou vazio, mas que a nossa vida ficou cheia, repleta de paz e alegria com a sua presença. “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”
O melhor testemunho de que Jesus ressuscitou, a Igreja dá através da sua vitalidade, mostrando assim que Cristo continua vivo nela. A Comunidade cristã que sabe se levantar, mesmo após um grande sofrimento, como a perda de um líder, mostra que Jesus está vivo nela.
Certa vez, um homem estava dirigindo o seu carro, levando uma senhora que era líder da Comunidade. Eles atravessavam um bairro de uma cidade grande e, de repente veio uma chuva muito forte e logo as ruas começaram a ser inundadas.
O motorista parou o carro em um lugar seguro, e a senhora lhe disse: “Certamente esta enchente está inundando casas e fazendo muita gente sofrer. Vamos rezar uma Ave Maria por eles. Ave Maria...”
O batismo nos incorporou em Cristo, dando-nos a dignidade de ser filhos e filhas do mesmo Pai de Jesus. Somos, portanto, irmãos. Mesmo que não possamos ajudar materialmente alguns irmãos que precisam, podemos rezar por eles. E sabemos que a oração tem poder infinito.
Rainha do céu, alegrai-vos, aleluia! Porque aquele que merecestes trazer em vosso puríssimo seio, aleluia, ressuscitou como disse, aleluia!
Jesus de Nazaré, que foi crucificado, ressuscitou.
Padre Queiroz
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